Mais um texto fresquinho saindo de forno! Dessa vez tentarei ser breve, mas esse papo deve render bastante.
Lembro de uma pequena discussão que tive em sala com meus colegas sobre esse tema. Na verdade, a questão era um pouco mais profunda. Falávamos sobre o design ser considerado como arte por alguns. Eu, taurina teimosa que sou, insisti que arte e design poderiam, sim, ser a mesma coisa.
A base para discussão foi o Livro de Rafael Cardoso, “Design para Um Mundo Complexo”. Desta forma, tive que aceitar que design e arte são coisas diferentes e com propósito diferentes também.
Hoje, entendo que o design tem um ponto central que o diferencia da arte: o design se propõe a resolver problemas. Seja ele qual for. Não é atoa que a frase “use o pensamento de designer para a resolução de problemas” se espalhou por aí. Nós realmente somos treinados para entender e ler o mundo de uma outra forma ao nos colocarmos no lugar de outrem, ou, pelo menos, ao tentarmos nos colocar.
Criar o distanciamento e treinar o olhar empático em relação ao outro pode ser uma tarefa difícil, já que nós, seres humanos, pendemos para egocentrismo. A boa notícia é que com o tempo, a empatia se torna um pouco mais natural e olhar para o "eu" e para o "outro", com o distanciamento necessário para entender as necessidades do próximo, fica um pouco mais fácil.
E que bonito é quando conseguimos chegar em um ponto no qual conciliamos uma solução de problema com algo que pode fazer o mundo um lugar mais legal. É uma sensação realmente única e extremamente recompensadora.
Pra mim, hoje, o design se tornou algo muito maior do que um background ferramental para gestão de projetos ou criação de coisas. O design me ensinou a ser uma pessoa melhor e a querer melhorar o lugar onde vivo. Me ensinou a ter responsabilidade e a não ter medo de errar.
Se todas as pessoas do mundo fossem um pouco designers, tenho a certeza que nosso planeta seria um lugar muito melhor. Ou, pelo menos, diferente do que vemos hoje.
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